Objetivo

Aprimorar nosso conhecimento nos estudos direcionados a Linguística II.

Alunos

Jorge, Ana Dalete e Samara, alunos do 2° Período de Letras (Hab.Inglês)

Público Alvo

Alunos e professores interessados nas atividades aqui desenvolvidas.
 

Relatório dos Seminários

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O relatório é uma observação das atividades desenvolvidas na disciplina Linguística II, no curso de Letras, Habilitação em Língua Inglesa, ministrada pelo professor José Cezinaldo Rocha Bessa na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.

O trabalho foi realizado através de um exercício elaborado por meio de textos de conteúdo lingüístico a ser apresentado em quatro grupos distintos em um seminário. No geral, os alunos apresentaram uma qualidade muito boa no desenvolvimento e apresentação de seus respectivos trabalhos.

O primeiro grupo a apresentar, que na realidade era o segundo grupo da ordem cronológica prevista, tratou da questão da intertextualidade (KOCH, I. G. V. Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 145-157). O grupo destacou-se pela busca de elementos novos, realizando uma pesquisa de dados que ia além do texto destinado à análise, dessa forma, enriquecendo o trabalho. Vale salientar que os exemplos apresentados contribuíram para a apresentação, uma vez que eram chamativos e despertavam a atenção dos alunos. Todos os integrantes participaram.

O segundo grupo a apresentar, debatia sobre “O que é mesmo a informatividade do texto?” (ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 125-140.). Apesar do atraso, o grupo que deveria ser o primeiro a apresentar, apresentou o trabalho de maneira concisa, embora alguns integrantes tenham mostrado mais empenho na realização do trabalho que outros, foi possível perceber no desenrolar da apresentação que a essência do conteúdo foi absorvida pelos integrantes. O grupo, no entanto, não havia elaborado as três questões referentes ao debate para o término da apresentação, no entanto, os demais grupos, à exceção do grupo dois (o primeiro a apresentar) também não haviam atentado a esse ponto até aquele momento.

Por sua vez, o terceiro grupo, apresentou um trabalho sobre “Gêneros textuais com referencia” (KOCH, I. G. V.; ELIAS, M. Ler e compreender os sentidos do texto. 2. Ed. 2° reimpressão. São Paulo: contexto, 2008, p. 101-122). A participação de todos os integrantes foi o ponto alto da questão, pois cada um deles discorreu de maneira satisfatória o conteúdo trabalhado. Os assuntos foram divididos em tópicos, tal qual o texto de Koch e os integrantes explanaram sobre o tópico ao qual se predispôs a trabalhar.

O quarto, e último, grupo discutiu sobre “O texto e a interação verbal”, (FONTAO, L. O texto e a interação verbal. In: linhas, Florianópolis, V. 9, n.1, p. 129-145, jan./jun. 2008. Disponível em: http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1396/0.) os integrantes discorreram sobre a importância da interação verbal no ensino de línguas de maneira clara e com domínio do conteúdo, a apresentação manteve-se fiel ao texto trabalhado, não fugindo do assunto e atentando aos fatos de maior relevância, focando as idéias Bakhtinianas citadas pela autora

Seminário, segundo Lakatos e Marconi (2005, p. 35), “é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate (...) desenvolve não só a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, mas também o hábito do raciocínio, da reflexão”.

Dessa forma, podemos observar que, em suma, os grupos cumpriram com o que lhes foi incumbido uma vez que foi possível perceber o empenho em buscar novas fontes de pesquisa acompanhado de um estudo aprofundado do tema trabalhado e o debate para finalizar suas respectivas atividades. Foi perceptível, assim, que em cada grupo a maioria dos alunos conseguiu desenvolver suas atividades através da análise, estudo, explanação e debate dos seus respectivos temas, conseguindo compreendê-los e repassá-los com segurança para os demais, quando não, sempre com o auxílio do professor para as questões que requeriam maior complexidade.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 125-140.
FONTAO, L. O texto e a interação verbal. In: linhas, Florianópolis, V. 9, n.1, p. 129-145, jan./jun. 2008. Disponível em: http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1396/0.)
KOCH, I. G. V.; ELIAS, M. Ler e compreender os sentidos do texto. 2. Ed. 2° reimpressão. São Paulo: contexto, 2008, p. 101-122
KOCH, I. G. V. Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 145-157
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

Resenha Crítica - “A articulação do texto”

GUIMARÃES, E. A articulação do texto. 10. ed. São Paulo: Ática.

No livro “A articulação do texto”, de Elisa Guimarães, a autora busca discutir sobre questões referentes à compreensão e construção do texto, bem como, do contexto no qual ele se insere. 

 Para a autora, todo texto constitui um evento real de comunicação que pressupõe a existência de um contexto de produção no qual o valor de cada elemento está associado as suas relações com o conjunto, ao diálogo entre interlocutores e a produção de sentidos. Cientes disso, as reflexões que apresentam o enfoque do processo de articulação do texto configuram-se numa abordagem de fatores fundamentais para a organização da estrutura global do texto, por meio de dois eixos o da estrutura sintática e o da organização semântica, as partes que compõem um texto se integram de forma coesa fazendo com que as informações não se dispersem.

Nesse sentido, os lingüistas insistem na dependência do texto com a situcionalidade comunicativa, já que ele é uma atividade altamente complexa de produção de sentidos que se realiza, evidentemente, com base na materialidade lingüística em que é produzido e na sua forma de organização, o que significa considerar a mobilização de um vasto conjunto de saberes. Contudo, há várias situações em que, ao produzirmos um texto, se faz necessário que levemos em consideração a sintonia da linguagem com o referente. Entre os referentes pode-se distinguir os chamados referentes textuais que são os que remetem ao próprio texto e os situacionais que se referem à multiplicidade de situações em que se pode realizar a mensagem.

Sendo assim, um dos conceitos centrais nos estudos em Linguistica é o de contexto, ele reúne todos os tipos de conhecimentos arquivados na memória dos atores sociais. Vê-se, pois, o contexto como constituinte da própria ocorrência lingüística. É importante salientar que o texto ou discurso é sinônimo de processo que engloba as relações sintagmáticas de qualquer sistema de signos, sendo concebido como uma “totalização em funcionamento”. No entanto, embora haja uma estrutura dominante, este não se caracteriza por uma única forma, já que os textos apresentam variantes textuais que representam as diversas possibilidades tipológicas. Segundo E. Werlich, citado pela autora, os tipos textuais abrangem o tipo narrativo, o expositivo, o argumentativo e o instrutivo estando presentes nos diferentes gêneros textuais de circulação social.

Quanto à questão da coerência e coesão, a autora supõe que a dificuldade em se distinguir coesão de coerência deve-se ao fato da coesão estar inserida dentro da coerência, ou seja, a microestrutura está articulada na macroestrutura. Quando um texto vem a ser incoerente, é devido ao antagonismo presente entre os fatos descritos e os fatos que se sucedem na realidade, conforme o exemplo citado pela autora: “os leões não habitam territórios gelados, os esquimós não se utilizam desses animais para caçada, e nem as focas voam”. Entretanto, se tais argumentos fossem utilizados em um contexto ficcional, o texto haveria de exibir a coerência própria desse tipo de contexto.

A autora ainda relata algumas formas de organização do texto na qual existe coerência, focalizando o processo de articulação dos elementos estruturais, isto é, todos os detalhes que formam a estrutura do texto, que vai desde o título até o fim, incluindo as macroestruturas, como estrutura semântica global, e também as superestruturas, estrutura global do texto. É possível notar que o autor ao se expressar utilizou de vários fatores necessários na composição da coerência, porém são notáveis as lacunas que ficaram com relação ao modo de uso desses recursos nos outros tipos textuais (narrativa), a mesma lacuna também está presente no modo como ele coloca as relações hierárquicas, o que confunde muito ao que ele mencionou com os exemplos mostrados.

Apesar da grande quantidade de informações presentes recomenda-se a leitura do livro de Guimarães àqueles que já possuam determinado nível de conhecimento nos assuntos abordados, uma vez que a complexidade presente em determinados pontos do livro confundem e dificultam a compreensão total do texto.

Objetivo

Aprimorar nosso conhecimento nos estudos direcionados a Linguística II.

Alunos

Jorge, Ana Dalete e Samara, alunos do 2° Período de Letras (Hab.Inglês).

Público Alvo

Alunos e professores interessados nas atividades aqui desenvolvidas.