Objetivo

Aprimorar nosso conhecimento nos estudos direcionados a Linguística II.

Alunos

Jorge, Ana Dalete e Samara, alunos do 2° Período de Letras (Hab.Inglês)

Público Alvo

Alunos e professores interessados nas atividades aqui desenvolvidas.
 

Resenha Crítica - “A articulação do texto”

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

GUIMARÃES, E. A articulação do texto. 10. ed. São Paulo: Ática.

No livro “A articulação do texto”, de Elisa Guimarães, a autora busca discutir sobre questões referentes à compreensão e construção do texto, bem como, do contexto no qual ele se insere. 

 Para a autora, todo texto constitui um evento real de comunicação que pressupõe a existência de um contexto de produção no qual o valor de cada elemento está associado as suas relações com o conjunto, ao diálogo entre interlocutores e a produção de sentidos. Cientes disso, as reflexões que apresentam o enfoque do processo de articulação do texto configuram-se numa abordagem de fatores fundamentais para a organização da estrutura global do texto, por meio de dois eixos o da estrutura sintática e o da organização semântica, as partes que compõem um texto se integram de forma coesa fazendo com que as informações não se dispersem.

Nesse sentido, os lingüistas insistem na dependência do texto com a situcionalidade comunicativa, já que ele é uma atividade altamente complexa de produção de sentidos que se realiza, evidentemente, com base na materialidade lingüística em que é produzido e na sua forma de organização, o que significa considerar a mobilização de um vasto conjunto de saberes. Contudo, há várias situações em que, ao produzirmos um texto, se faz necessário que levemos em consideração a sintonia da linguagem com o referente. Entre os referentes pode-se distinguir os chamados referentes textuais que são os que remetem ao próprio texto e os situacionais que se referem à multiplicidade de situações em que se pode realizar a mensagem.

Sendo assim, um dos conceitos centrais nos estudos em Linguistica é o de contexto, ele reúne todos os tipos de conhecimentos arquivados na memória dos atores sociais. Vê-se, pois, o contexto como constituinte da própria ocorrência lingüística. É importante salientar que o texto ou discurso é sinônimo de processo que engloba as relações sintagmáticas de qualquer sistema de signos, sendo concebido como uma “totalização em funcionamento”. No entanto, embora haja uma estrutura dominante, este não se caracteriza por uma única forma, já que os textos apresentam variantes textuais que representam as diversas possibilidades tipológicas. Segundo E. Werlich, citado pela autora, os tipos textuais abrangem o tipo narrativo, o expositivo, o argumentativo e o instrutivo estando presentes nos diferentes gêneros textuais de circulação social.

Quanto à questão da coerência e coesão, a autora supõe que a dificuldade em se distinguir coesão de coerência deve-se ao fato da coesão estar inserida dentro da coerência, ou seja, a microestrutura está articulada na macroestrutura. Quando um texto vem a ser incoerente, é devido ao antagonismo presente entre os fatos descritos e os fatos que se sucedem na realidade, conforme o exemplo citado pela autora: “os leões não habitam territórios gelados, os esquimós não se utilizam desses animais para caçada, e nem as focas voam”. Entretanto, se tais argumentos fossem utilizados em um contexto ficcional, o texto haveria de exibir a coerência própria desse tipo de contexto.

A autora ainda relata algumas formas de organização do texto na qual existe coerência, focalizando o processo de articulação dos elementos estruturais, isto é, todos os detalhes que formam a estrutura do texto, que vai desde o título até o fim, incluindo as macroestruturas, como estrutura semântica global, e também as superestruturas, estrutura global do texto. É possível notar que o autor ao se expressar utilizou de vários fatores necessários na composição da coerência, porém são notáveis as lacunas que ficaram com relação ao modo de uso desses recursos nos outros tipos textuais (narrativa), a mesma lacuna também está presente no modo como ele coloca as relações hierárquicas, o que confunde muito ao que ele mencionou com os exemplos mostrados.

Apesar da grande quantidade de informações presentes recomenda-se a leitura do livro de Guimarães àqueles que já possuam determinado nível de conhecimento nos assuntos abordados, uma vez que a complexidade presente em determinados pontos do livro confundem e dificultam a compreensão total do texto.

2 comentários:

• Prisciℓℓα, Alane e Valéria. disse...

• Muito bom o trabalho de vocês, não só esse mas todo aqui desenvolvidos. Apesar da pouca prática de produzir texto crítico, acreditamos conseguiram atingir a meta almejada, visto que selecionaram as idéia principais, fizeram uma crítica e articularam as informações dentro do texto produzido. Concerteza, tudo isso foi alaborado a partir de muito esforço e dedicação certamente serão reconhecidos por isso, falamos não apenas da nota dada pelo professor Cezinaldo, mas de um aprendizado que contribuirá no bom desemprenho da vida acadêmica de todos vocês. :D

Cezinaldo Bessa disse...

certeza, Priscila, Alane e Valeria...
Ficou muito bom!!! Parabéns!!

Postar um comentário

Objetivo

Aprimorar nosso conhecimento nos estudos direcionados a Linguística II.

Alunos

Jorge, Ana Dalete e Samara, alunos do 2° Período de Letras (Hab.Inglês).

Público Alvo

Alunos e professores interessados nas atividades aqui desenvolvidas.